A vida não se ensina
E aqueles que nos podem explicar
Contam a deles
Que é a sua vida
Diferente sempre da nossa.
Há já alguns anos que não tenho carro… mas volta e meia ando com o carro de alguém, porque me dá jeito ou para matar saudades de conduzir – coisa que gosto mesmo muito…
Não vou escrever sobre o quão noto o aumento dos combustíveis cada vez que, de vez em vez vou meter desse liquido precioso no nosso país… mas no outro dia e no meio de uma viagem de volta do Alentejo – naquelas viagens dentro da viagem – começou a ganhar uma forma incrível no meu pensamento o facto da simples mas tão complexa, condução de um veiculo…
Não é que não tivesse dado conta antes, mas sem duvida que vale a pena pensar um pouco no facto de nos entendermos todos – salvo, certas distracções – em termos de condução.
Para o número de veículos que existem a circular, creio que o número de acidentes é relativamente pequeno – o que de alguma forma mostra como nos entendemos. Respeitamos as imaginárias linhas rectas por onde temos de andar… passamos a muitos kilometros por hora uns pelos outros nas auto-estradas… mudamos de direcção em cruzamentos ao mesmo tempo que outros o fazem…respeitamos enfim, as regras que se criaram. Claro está que quando isto não acontece e pelas mais variadíssimas razões, dá asneira e pode ser daquelas sem volta a este bairro…
Ora, no meio dessa viagem de regresso do Alentejo, tive de me perguntar o porquê de no resto das nossas vidas e na nossa sociedade, e analogamente com outras regras para outros casos e condutas, não nos entendemos assim tão bem…
Baixei um torrent da obra completa do Bach, será melhor começar já a ouvir…