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Versão Instalação

Where is there?
Instalação Infinita

Tem origem numa necessidade inquietante de fim de semana em criar uma narrativa
circular. Como não havia actores em casa, procurou-se candidatos a personagens…
entre as coisas de casa.

Uma narrativa circular, é uma história que começa e termina no mesmo lugar com
os mesmos personagens e os mesmos eventos. Uma técnica que é utilizada para
explorar a complexidade – pois permite fazer conexões próprias e tirar conclusões
ao leitor ou ao espectador.

A narrativa circular pode ser usada para criar uma sensação de atemporalidade e
explorar a natureza cíclica da existência. Pode ser usada para explorar a ideia de
não existir tempo e não existir espaço, pois são conceitos frequentemente
associados à ideia de circularidade. A narrativa pode ser usada para explorar temas
como o destino, o destino e a inevitabilidade do destino.

Esta instalação mergulha na ideia de não tempo e não espaço. Através do uso do
vídeo, elementos e som, a instalação explora a ideia do infinito e do inefável.
Questiona como o conceito de tempo e espaço pode ser experimentado, o que
significa existir fora dos limites tradicionais do tempo e do espaço…


Um conceito que sugere que todas as coisas existem simultaneamente e que o
universo é um todo interconectado. É um conceito que sugere que não existem
fronteiras e limitações físicas e que existe apenas uma realidade unificada.
A instalação procura estabelecer um diálogo entre o espectador e o conceito.


Despertar uma maior compreensão da ideia de não existir tempo e não existir
espaço – que é uma ideia difícil de compreender, mas pode também ser uma
poderosa fonte de insight e inspiração.
O resultado é uma viagem instigante para o desconhecido.

Inauguração 08 | 03 | 2023 | Biblioteca FCT/UNL, Campus Caparica

A arte deve ser a catalisadora e o acelerador da nossa capacidade humana de sentir, pensar e actuar, porque o acto pulsional entre o quotidiano, a arte e vida, na verdade não tem intermediários. É um fluir constante.

 Guyla Kosice

Os objectos artísticos, sejam eles quais fores, são sempre o resultado de um processo criativo. Um processo criativo, tal como o nome indica, é um processo. O projecto Entre, Ler e Diálogos é um exemplo disso mesmo.

Uma peça sonora e um video projectado sobre folhas de livros, que resulta de várias fases de um processo de depuração de entrevistas, resultantes de um outro processo de arqueologia relacional, sobre as ligações que as pessoas criam com os livros – neste caso os leitores de um mesmo livro de uma biblioteca.

Muito material podia ser apurado e criar um desenrolar de curiosidades, particularidades e modos de ser, sobre os utilizadores das biblioteca… No caso deste projecto, cingiu-se o material de trabalho ao livro em causa.

Talvez sempre me interessaram mais os processos criativos propriamente, do que os objectos artísticos resultantes – e não me interpretem mal… mas creio que é durante o processo que os conceitos, os materiais (sejam inanimados, sejam vivos) se moldam, se quebram, se recriam, se reinventam… é um processo rico em descobertas, em desilusões e sonhos…

F. Kittler diz-nos que “a ‘obra’ está a ser varrida pelo digital…”.
Embora num prisma um pouco diferente, mas é o que acontece neste processo, onde o livro de Daniel Pennac acaba por ser “varrido” numa peça sonora e visual sem tempo nem espaço físico. A partir destas novas interpretações dos objectos e fenómenos artísticos , bem como da progressiva assimilação e integração da arte às novas tecnologias, a própria idéia de ‘obra de arte’ sofre uma transformação conceptual, na medida em que, pela sua condição aberta e formativa (permite a experiência), afastando-se da sua acepção hermética e intuitiva.

Existe algo de novo para mim nisto tudo, pois nunca apresentei um trabalho similar, apesar da ligação constante do meu trabalho artístico com a tecnologia…

Resta-me agradecer ao Paulo Proença pela partilha da criação do conceito e companhia, ao José Moura por ter aceito o desafio, à Sonia Balasteiro e ao Semanário Sol pelos livros, à Silvia pela disponibilidade e ajuda e a todos aqueles que me aturaram no processo…

Até logo : )

http://entrelerdialogos.wix.com/instalacao

Acesso ao Campus

Metro Transportes do Sul – Estação Universidade

Ligação comboio da Ponte – Estação Pragal

http://www.fct.unl.pt/candidato/como-chegar-fct

Coordenadas GPS 38º 39′ 36” N/ 9º 12′ 11”

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