Decisões. Demasiadas decisões. Vivemos na época das decisões. Desde que acordamos até que adormecemos que passamos constantemente o dia a tomar decisões… o que vou vestir, o que vou levar, por onde vou, ligo já ou mais tarde, dou-lhe um beijo ou não, bebo outro café já?… respondo a este email, like it ou não… como carne ou peixe… Até voltarmos a dormir, todos nós somos decisões andantes constantes.
Todas essas decisões, zeros e uns e ainda os talvez e mais ou menos – consomem-nos o pensamento todo o santo dia. Claro está, que quantas menos decisões temos de tomar, menos consumidos e menos cansados ficamos.
Uma espécie de retrocesso de pensamento consumista, de volta aos hábitos mais calmos e que já lá foram, uma filosofia mais oriental – quiçá… será mais saudável.
Estas decisões, como todas as decisões em si, acabam por se tornar um tanto ao quanto rotineiras – o pensamento é criado por padrões – e até influenciadas pelas decisões dos outros. Ou porque nos dá menos trabalho de decisão ou porque até cai e fica bem ser assim… E com a continuidade destas decisões pouco conscientes e pessoais, acaba-se por não se pensar muito…
Depois quando se deparam com algo que sai fora de todas as decisões já tomadas e já copiadas ou aceites por comodismo – embriagam os neurónios com interrogações, incertezas, receios e medos… e ai sim a decisão torna-se tortuosa… Muitas vezes a saída é fugir, ou seja, não decidir, o que nada ou pouco resolve – apenas momentaneamente porque não houve afinal, processamento algum – decisão alguma… e as decisões continuam por se tomar, até…