Por um lado fico contente por ter acabado o mês de Agosto – já estava farto de ver tantas fotografias de pés… toalhas de praia com livros que não se lêem… refeições de saladas com o hambúrguer escondido do enquadramento… copos aos pares, onde um não tem marcas de lábios… museus que não se visitaram… entre tantas outras…
Parece que agora somos todos uma espécie de jornalistas com apetência a poetas visuais, que temos de informar – mais do que partilhar – tudo ou quase tudo o que se faz. Só me faz lembrar os putos a chamarem a atenção: Oh mãe!, olha agora sem mãos…
Muitas dessas imagens e comentários caem em perfeita contradição com os post’s de meses atrás, onde se contestou isto e aquilo… mas o que é certo, é que férias há sempre…
Ainda bem! – Não me interpretem mal, acreditem que fico contente.
Sinto-me um pouco desactualizado deste mundo da info/partilha momentânea, tenho um smartphone, mas creio que já cheguei tarde… qui çá tenha de fazer um up date…. qui çá tenha de mudar de rede… qui çá, quando estou com os amigos ou com alguém, estou mesmo só ali naquele instante e naquele sitio e não o quero partilhar – talvez a idade me esteja a tornar egoísta.
…mas acaba sempre Agosto e uma espécie de melancolia ou tristeza chega… pois neste dito tempo de férias, acabamos sempre por não conseguir estar com todos os que queremos – e valha-nos as fotos informativas, smile
… as saudades são muitas… de ti, de ti e de ti também, claro…
Por isso e numa tentativa vã de as matar, aqui fica um olá e um até já