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Se o autor da foto a vir, diga sff!

Não é fácil escrever nestes tempos…o mundo mudou tanto e em tão pouco tempo, que me parece que ainda há muita coisa que não só não encaixou, como não encontrou forma de encaixar em nós… o mudou mudou e está a mudar, é como se conduzisse um carro sem travões, o acidente é eminente e nisso se tem tornado a vida… mas como se diz muito agora, os benefícios são maiores do que os prejuízos – algum padrão sobre a morte que me escapa aqui…

A inquietação de interrogar se vale a pena, se precisamos de tanto, de tanta velocidade, de tanta merda que por ai anda… Gosto de ouvir o vento. Sempre disse que ao ouvir o vento, ouvem-se histórias e mensagens de outros tempos e de tempos próximos, mesmo ao nosso lado… Também o vento está diferente, tem muito ruído obtuso… como dizia antes, que há muita coisa a não encaixar, também as historias de outros tempos e dos vizinhos do vento, são elas agora uma amálgama estranha, os desequilíbrios são transversais e pensar que se é o único que não esta equilíbrio e a bater bem da tola, esvai-se num abrir e pisar de olhos. 

Saudades dos tempo da confiança e da partilha, do sorriso e do vinho….a vida mudou tanto que não sei mais onde é que vivo ou até, por vezes, o que é viver… Os dados deixaram de ser nossos…e na perspectiva da culpa, essa é sempre nossa…as liberdades estão muito pouco livres e o controle a entrar por caminhos pouco ou nada controláveis, diria mesmo presos ou escravos… es Cravos de abril.