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sorria

Há datas que são marcantes, Hoje dia 15 faz 19 anos de uma dessas datas que foi e é, marcante e mágica… por isso, decidi que ia ser um grande dia… coisa que assim começou quando vi os correios e um email surpresa me fez sorrir… a chuvinha que me abençoou quando sai de casa, ainda me deu mais força e o meu sorriso fazia arrefecer as gotas de água que me beijavam – cof cof

E vamos em direcção a uma causa que já nos convencemos para ser nossa e de facto pode mesmo ser… contudo somos avisados antes, sem o perceber, que talvez não seja a causa que realmente queremos, pois o carro não funcionou para nos levar… Mau! Afinal, afinal… Mas nada como planos b´s e um taxi ou um tuk tuk… Chagamos a tempo e depois saímos da causa com uma espécie de certeza que voltaremos muito em breve… A causa pode mesmo ser nossa, é só querer… A chuvinha cai novamente e com a causa na cabeça resolvemos não nos demorar muito na feira da ladra – é portanto terça feira…

Depois atira-se ao destino um pedido, pela causa, e neste jogo que também é a vida, acreditamos ou não que podemos e jogamos… quando a magia do destino nos responde e faz perceber que afinal a causa não é propriamente a que queríamos… e tudo muda num instante, fluímos, acreditamos e confiamos na jogada de um destino, numa qualquer magia ou crença, e agora, recusamos a causa que nos fez sair de casa…

E ando às voltas depois de um almoço simpático com recusa de betão… ando na procura da minha consciência de tudo isto… mas onde fica a minha consciência, onde a posso contactar? Já o António Damásio veio dizer que sem consciência não há nada… mas onde está ela!?

No regresso a casa, e fechada esta causa, começo por recusar um casaco do compincha amigo, mas que acabei por aceitar e que enquanto ia pela rua me soube confortavelmente bem. Senti novamente a chuvinha que agora troçava de mim e os meus lábios, neste fim de dia, apontavam em direcção às pedras da calçada… e o meu pensamento do grande dia, já lá ia… eis quando me deparo-me com este sorrir no passeio, que me fez lembrar isso mesmo, sorrir

como uma selfie

Já não dá para estar em tronco nú e a janela já não tem as duas portadas abertas… o vento que corre sempre aqui, já se fez fresco demais e o espirro que sai é disso prova…. as pernas em cima da mesinha de apoio já mostram os dedos dos pés a mexerem para ver se aquecem da aragem… a máquina em cima das pernas, ajuda a equilibrar o balanço do martelar nas teclas… o pensamento sai do encosto da cabeça do sofá e projecta imagens vossas, sentimentos que vêm, que vão… e que me fazem aquecer o sorrir, cortados pelo saber do que está para vir, do que vai vir… a chama da vela que dança ao som da voz do Camané confunde-se com o fumo que me sai da boca… e o cheiro das bolachas de cacau percorreu o corredor até aqui à sala… no mesmo tempo em que o chá se fez anunciar que está a ferver…

…e sei sem duvida alguma, que já é setembro