Nem sempre a boa disposição vence nesta batalha com o cinzentismo desta realidade onírica e empobrecida a cada momento… muitas vezes não consigo mesmo encontrar a realidade no meio disto…
Mas não chega este sentimento e este perceber no rosto dos outros o vazio e o receio… temos de sentir também na pele do coração!
Não nos chega esta falta de horizonte… Como temos de deixar ir, quem em procura de novos horizontes vai…
E dói!
Não, não estou revoltado – acho que nem vale a pena esse tipo de energia… Mas quando uma sister tem de agarrar na mala de viagem, no puto e fazer-se à estrada até ao outro lado do hemisfério, percebemos no pelo do coração o que é a dor da emigração e o aconchego dum falso saudosismo…
Não chega esse alguém mais chegado! Não, não chega! E até por uma estação de rádio fico a saber numa entrevista que outro amigo, vai em Janeiro na procura de novos horizontes…Mais um!, que exactamente são três…
E pergunto-me: quantos serão ao todo? Quantos ficaram cá? O que será cá?