Monthly Archives: Novembro 2012

 

É o cérebro que cria o mundo que nos rodeia, mesmo quando estamos juntos, parados numa clareira, os meus olhos nunca vão ver o mesmo que os teus contemplam e o meu coração nunca vibrará com as mesmas emoções que comovem o teu. | George Gissing 1857 – 1903

 

Este senhor foi um romancista e professor toda a sua vida. Na minha opinião um iluminado – não me parece que fosse comum no seu tempo ter este grau de consciência – até nos nossos dias… Os iluminados, embora os possamos pensar e ver como “escolhidos”, são a meu ver uma mais valia para a humanidade, pois partilham as suas ideias e pensamentos – mesmo sabendo que podem profanar o seu tempo ou que lhes vão chamar de loucos.

Em relação à frase dele, creio que ninguém tem duvidas da mesma e facilmente a podem testar com alguém a vosso lado.

Não é possível observar sem expectativas. Toda a observação é o resultado de uma questão que dirigimos à natureza e toda a pergunta implica uma hipótese tentativa. Os cientistas sabem bem o quão difícil é formular questões. Só se consegue depois de uma imersão no tema que pretendemos pesquisar. Não vou seguir pelo caminho cientifico, pois iria concerteza chegar á física quântica e não em sinto preparado para o fazer.

O que me inquieta e interessa nesta frase, é a simples evidencia que somos nós mesmo que criamos o mundo.

Vivemos num tempo de grandes mudanças, de pensamento, de atitudes, de estilos de vida, de consciencialização entre tantas outras coisas. Há trabalhos exímios de pessoas que alertam, sensibilizam e lutam pela inclusão, pela justiça, pela igualdade, pela diferença, pela informação. Pessoas que trabalham para ajudar a por cá para fora os medos e as dores de tantos anos. Trabalham para criar um outro mundo, pois este em que estamos já nos deu demasiados exemplos de que não é o melhor.

Agradeço por fazer parte deste tempo.

Se como o George Gissing escreveu, o cérebro cria o mundo que nos rodeia… não estará já na altura de começar a aceitar as mudanças evidentes e mudarmos o que pensamos e como o pensamos?

Dou um exemplo muito básico e surreal ao mesmo tempo. Mas creio exemplificar bem o que pretendo dizer:

– Se todos pensarmos na crise e em todas as suas cores e formas – além de a materializarmos, só a estaremos a alimentar e potenciar…

O céu e o inferno são cá em baixo na terra… Crises, maus tempos e transformação sempre houve… E tudo isso nos tem de servir como exemplo do que falhou e falha, do que não nos serve, do que está senil…

Talvez tudo possa ser diferente se cada um de nós encontrar e pensar de outras formas, mais prazenteiras e positivas. Promovendo o que gostamos e nos faz bem, em vez de estarmos sempre a apontar o dedo, a criticar inconsequentemente… e continuamente a chover no molhado.