Duas cidades. De uma, para a outra, em constante movimento. Uma têm um rio e muita água á volta. Outra é no meio do Alentejo, qual ribeiro de outrora…
Subitamente percebo que a água é como a nossa sombra, rodeia-nos e está sempre onde estamos, até mesmo dentro de nós. Talvez pelo projecto do homem água, talvez porque como outras tantas vezes, temos sempre o que precisamos mesmo o nosso lado e não vemos ou percebemos… ou ainda porque preferimos nem pensar nisso
Nas viagens _ essas trocas de energias entre sítios, protagonizadas e possíveis pelos viajantes… escrevia eu no natal passado, e que cada vez mais me faz sentido.
Ás vezes… ao contemplar o Tejo do terraço de um amigo, sinto que o rio me chama para ir… para for a de Lisboa. Não no sentido do mar.
Outras vezes, imagino a sobrevoarem as águas, bandos de Flamingos bem cor de rosa… passado por baixo da ponte, enquanto ensaiam um fado com os seus bicos
Aqui não há rio, não há água… só a das torneiras, das fontes resistentes e de quando em vez olhamos para cima, pró céu… e nuvens calmas, empurram-se umas ás outras formando o leito de rios… aqui há o calor, que a água também pode dar. Também há a amizade, que como a água, limpa, aquece, suja, limpa, aquece, arrefece, limpa e mata as saudades
E nas viagens, e com os viajantes que se cruzam nas viagem, percebermos que como a água, fluímos uns para os outros, uns com os outros, uns com cada um… uns, um