Monthly Archives: Agosto 2011

Às vezes pensamos que tudo vai acabar… e isso é muito bom! Acaba porque se pensa que vamos terminar rotinas, hábitos e vícios… Acaba porque começamos a sonhar que finalmente a felicidade veio atrás de nós naquela esquina no outro dia… Acaba, porque dói cá dentro sentir tanto… e não o partilhar…

Mas depois percebemos, e com isso sorrimos, que apenas durou até ao virar da esquina… E nos gestos e acções – ou não acções – que repreendemos nos outros, vemo-nos e revemo-nos a fazer o mesmo… e volta a doer cá dentro…

As rotinas e afins, ficam para outro altura… Cansado, mas sorridente, vamos matar saudades até umas escadinhas… Delas, de quem lá está, de quem possa passar e de quem passa dentro de nós por lá…

E tudo muda novamente, como se a dor momentaneamente se dividisse pelo ar e viajasse de volta, nas palavras de uma Mulher:

desconstruir.
para que tudo seja como a primeira vez.
que nem idade dos porquês.

Merci Patricia 🙂

As viagens – além do caminho que se percorre – têm ainda outras muitas viagens dentro dela… dentro da nossa cabeça, do nosso coração e um pouco por todo o universo…

Quando se fazem mais de 600 km por estradas do Alentejo – para lá e para cá – as viagens, apesar do tempo ser mais lento, são sem duvida muito mais… Os pensamentos vão fugindo para o horizonte e repousam nas cores da terra. Depois na volta, provavelmente e se os voltarmos a encontrar, apanhamo-los de volta, mais descansados e conscientes…

…se baixássemos o pitch das nossas vidas, faríamos tudo na mesma, tudo continuaria… mas haveria mais tempo e melhor.