Monthly Archives: Julho 2011

Serpa é quente! É tão quente que nós trazemos o calor connosco…

Foi a Nora que nos chamou, já cansada e ferrugenta, lá do alto, como os galos de outrora, gritou e chamou por nós… Lá fomos. Numa viagem demorada – creio que o caminho para Serpa é sempre longo, sempre me pareceu… Ás vezes chego mesmo a pensar que o é – e funciona como uma descompressão.

Quando se chega o quente apanha-nos. O quente da terra, das paredes brancas que ao fim da tarde transpiram o sol do dia, para quem passa. O quente da amizade, dos sorrisos bem dispostos de quem nos espera com os braços abertos e um copo de tinto, entre saudades que se matam calmamente…

Já em ritmo de concerto, o B Fachada diz que é sempre muito bem recebido por lá e eu penso e arrisco sentir que estou em família.

Mais uma vez obrigado Baal´es pelo vosso acolhimento e dedicação, pelo calor que nos dão… Vim embora ontem, mas ainda não cheguei por completo – há bocados de mim que ainda andam por ai à Nora

Decisões. Demasiadas decisões. Vivemos na época das decisões. Desde que acordamos até que adormecemos que passamos constantemente o dia a tomar decisões… o que vou vestir, o que vou levar, por onde vou, ligo já ou mais tarde, dou-lhe um beijo ou não, bebo outro café já?… respondo a este email, like it ou não… como carne ou peixe… Até voltarmos a dormir, todos nós somos decisões andantes constantes.

Todas essas decisões, zeros e uns e ainda os talvez e mais ou menos – consomem-nos o pensamento todo o santo dia. Claro está, que quantas menos decisões temos de tomar, menos consumidos e menos cansados ficamos.

Uma espécie de retrocesso de pensamento consumista, de volta aos hábitos mais calmos e que já lá foram, uma filosofia mais oriental – quiçá… será mais saudável.

Estas decisões, como todas as decisões em si, acabam por se tornar um tanto ao quanto rotineiras – o pensamento é criado por padrões – e até influenciadas pelas decisões dos outros. Ou porque nos dá menos trabalho de decisão ou porque até cai e fica bem ser assim… E com a continuidade destas decisões pouco conscientes e pessoais, acaba-se por não se pensar muito…

Depois quando se deparam com algo que sai fora de todas as decisões já tomadas e já copiadas ou aceites por comodismo – embriagam os neurónios com interrogações, incertezas, receios e medos… e ai sim a decisão torna-se tortuosa… Muitas vezes a saída é fugir, ou seja, não decidir, o que nada ou pouco resolve – apenas momentaneamente porque não houve afinal, processamento algum – decisão alguma… e as decisões continuam por se tomar, até…