Monthly Archives: Dezembro 2010

Na tal data

Coisas boas, calor humano, luz, paz e amor

Mudou tudo ou quase tudo… mas temos de aproveitar o que mudou _ há poucos anos atrás era impossível estarmos a passar a ponte Vasco da Gama num autocarro com acesso á internet _e a velocidade não é nada má _ a caminho do Alentejo… a escrever estas palavras e a ouvir um post de um tema desconcertante que o Gabi pós no FB

Nas viagens _ essas trocas de energias entre sítios, protagonizadas e possíveis pelos viajantes _ é quando muitas vezes me dou conta do ser que sou.. é que faço neuróprojecções emotivas… das recordações, das vozes, das cores, dos cheiros… dos momentos e dos sentimentos… uns mais distantes, outros mais perto… de quando estou com vocês… do que vocês são para mim e do que grosso modo esculpiram e edificaram em mim

Mas mesmo na sombra _ até a sombra mexe e tem vida _ eu estou por cá, pensando em vocês, sabendo de vocês por um post… por um amigo que teve com outro… pela voz de uma conversa telefónica, pelas fotografias que me fazem rir… pelos pensamentos energéticos onde nos cruzamos no universo… pelo sentir do coração…pelas vezes que paro e fico a pensar em vocês

Porque escrevo isto?… talvez porque sinta a vossa falta _ há partes do meu coração que já não me pertencem – são vossas… talvez porque gosto muito de vocês e vos desejo bem… talvez porque é na tal data que tudo é mágico…e como gostava que assim fosse…  deixo-vos o meu carinho e o desejo que nessa coração esteja um sorriso quente

much love

a.

 

Voltamos com mais um saco cheio de nadas… pensamos sempre, antes de ir que vai ser diferente… que vai ser desta vez que as coisas vão acontecer como devem acontecer e partimos ainda e sempre com a esperança que nesta ida é que vai ser. O quê?

Pois, nunca temos bem a certeza disso… as pessoas cresceram, nas suas formas de trabalhar, de sentir, de aceitar e tomar consciência de quem são?, nós próprios?

Por mais energia que possamos dar a uma pessoa, ela tem de estar permissiva a recebê-la… mais do que isso, tem que estar permissiva a ela própria, não se enganar e iludir, acabando por viver os próprios argumentos que inventa… mas depois inventa-se brincar ás mães…

No banco sentado, sempre atento ao outro lado do palco, do parque ou da planície… o tempo passa, mas pouco mais passa… e percebemos antes, muito antes o que vai acontecer  – como já antes aconteceu…

Mas, as coisas são tortas como as pessoas… e quando se juntam as duas, até oliveiras são plantadas num parque em Nova Iorque

É complicado olhar para um ser que conhecemos faz anos, acompanhante das pedras da calçada de Évora e da vida… é complicado termos de aceitar que por vezes somos mesmo impotentes… e apenas podemos olhar complicadamente para o dia de amanhã daquele ser que foi…

Mas satisfeito, perdi-me em mundos que não este que temos, mas outros onde só o pensamento vive e cria vida… talvez o teatro me seja também isso. Vou ter saudades do Pulga e da Anita e desse nosso mundo…

Mais uma vez voltamos de lá… com mais um saco cheio de tanta coisa, mas parece que está roto…